"Ouvindo as doces e resignadas palavras da mãe, Pavel recordou-se de que em vida de seu pai ela não existira praticamente dentro de casa. Fora uma criatura silenciosa, sempre na ansiosa expectativa de levar pancada. (…)
Era uma mulher alta e ligeiramente curvada. O seu corpo
pesado, quebrado por longos anos de trabalho e pelos maus tratos do marido,
movia-se de um lado para o outro em silêncio e ligeiramente inclinado para um
lado, como se temesse constantemente chocar contra qualquer coisa. (…)
Toda a sua pessoa irradiava doçura, melancolia e submissão.
in, A mãe, Máximo Gorki
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