Baseado na série de literatura para a infância Lyle, Lyle Crocodile, o filme chegou ao grande ecrã com uma mensagem de inclusão, diversidade e da necessidade de cada um encontrar a sua própria voz.
- Mãe, deixaste o Youtube ligado? - pergunto eu.
Não obtenho nenhuma resposta. Parece-me ser a “Come As You Are” dos Nirvana.
Decido, finalmente, levantar-me da cama e dirijo-me ao local de onde vem a canção. Encontro, então, um crocodilo. Fico indignada! Como é possível um crocodilo ter entrado em minha casa sem ter feito o mínimo de barulho. Decido perguntar:
- Quem és tu? Como é que entraste em minha casa?
Ele não diz uma única palavra.
Permaneço ainda sem uma única reação. Realmente fico indignada! Como é possível um crocodilo cantar assim tão bem como um ser humano. Parece-me ser um crocodilo tão agradável!
Decido, então, aceitar a sua amizade, acabando por elogiar a sua maneira tão impressionante de cantar para um simples crocodilo.
- Costumas cantar frequentemente? Onde aprendeste a cantar?
Continuo sem obter uma simples frase. Será que ele apenas comunica enquanto canta? Gostaria de aprender a cantar. Já que somos amigos, posso pedir para que ele me ensine.
Agarro na minha guitarra, inclinando-a na sua direção, e ele acaba por acenar com a cabeça.
Começa por me mostrar a primeira música que o ouvi cantar, no dia em que nos tornamos amigos.
Costumamos fazer isto todas as vezes que estamos juntos. Optamos, também, por outras coisas relacionadas com a música: não só passeios pelo parque, em que acabamos por cantar várias músicas de que ambos gostamos, mas também diversas aulas diárias com a presença de todo o tipo de música e de diversão que poderia haver.
Nunca pensei que uma amizade com um crocodilo pudesse trazer tanta felicidade, apenas com a presença de música, sem a presença de uma única frase.
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