ESTE TEXTO NÃO É SOBRE ROSAS

Num dia, enquanto estava dentro do carro com o meu avô (íamos em direção ao supermercado), passei pela minha casa antiga onde passei toda a minha infância.

Mesmo passados tantos anos, lembro-me até daquele espelho amarelo. Como era divertido ficar horas a dançar sem parar à frente do espelho amarelo! E lembro-me, também, dos estores estragados que usava para construir uma cabana… 

A minha família reunia-se com frequência. Então, eu e a minha prima éramos inseparáveis. Saltávamos um pequeno muro e íamos brincar com dois rapazes. São memórias que eu nunca irei esquecer. 

Hoje, já não faço a mínima ideia do que aconteceu ao espelho amarelo ou aos estores estragados. E… em relação à minha prima, seguimos caminhos diferentes. Uns gostam de girassóis, outros de lírios, eu gosto de rosas, afinal eram essas as flores que estavam no quintal daquela casa. Sim, todos sabemos que rosas simbolizam o amor e que são belas. Também sabemos o quão doloroso é tocar numa sem ter cuidados com os espinhos. O facto de a rosa ter espinhos é o que a faz ser diferente das outras flores. Ter espinhos não a torna feia, muito pelo contrário, é isso que a faz ser única e especial. 

A beleza das pétalas da rosa lembra-me a beleza do ser humano, os espinhos lembram-me o quão cruel ele pode ser. Todo o animal tem alguma cicatriz, toda a rosa tem espinhos, mas este texto não é sobre rosas.

Texto elaborado por uma aluna do 8º G. Parabéns!

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