RETALHOS DA VIDA DE UMA PROFESSORA BIBLIOTECÁRIA

 Em jeito de balanço do ano letivo e da vida de uma professora bibliotecária, aqui fica a resposta ao desafio da Rede de Bibliotecas Escolares lançado aos professores bibliotecários. O texto foi publicado no blogue da RBE em outubro de 20222.

Para quem não me conhece, eu sou a Guidinha uma “filha” do escritor Luís de Sttau Monteiro e gosto de escrever redações embora muitos me critiquem e digam que eu devia parar de escrever porque não sei usar a pontuação e escrevo tudo de rajada e isso é um mau exemplo mas isso não importa nada o que importa são as ideias que me atacam a cabeça e eu tenho de despachá-las de lá para fora e mais a mais o senhor José Saramago também não sabia pontuar e ganhou um Prémio Nobel olarila! e isso é o que importa e o que também importa é o que me fez escrever esta crónica pois o livro onde vivo está em casa de uma professora bibliotecária com a mania dos livros e tem o meu sempre em cima da secretária onde trabalha e eu não quero ser má-língua mas essa secretária está cheia de tralha que segundo ela é o seu material de trabalho pois tem de trabalhar muito em casa uma vez que nas escolas por onde passa é lidar lidar lidar de BE em BE e tem de planear tudo em casa para depois pôr em prática nas escolas então ele é papéis, ele é PC com email Teams redes sociais e não sei quantas plataformas e ferramentas digitais que ela domina, ele é telemóvel, ele é agenda, ele é livros, ele é bonecos e materiais que ela constrói para aquilo que ela chama a hora do conto e é uma canseira para mim ver aquilo tudo e eu lá no meio a observar tanta azáfama parece que a mulher não sabe fazer mais nada na vida, sempre a inventar, sempre a mandar emails e a conversar ao telemóvel ou no Teams ora com colegas ora com alunos que ela não dá descanso a ninguém é vê-la com a desculpa que precisa de conquistar leitores e de envolver os parceiros e de construir o PAA incluindo atividades do PEM e de dar resposta aos desafios da RBE do PNL da DGE e ainda tem de ir às reuniões dos departamentos e do CP e do PADDE e depois passa a vida a fazer projetos e a incentivar toda a gente para participar nos concursos ela diz que é um orgulho ganhar e isso dá pilim ah pois o pilim é muito importante para que as bibliotecas se mantenham ativas sem pilim não se faz nada mas sem empenho também não e ela tem tanto empenho que já teve um incêndio na cozinha quando decidiu fritar batatas e fazer um relatório ao mesmo tempo e foi por isso que comprou um robô daqueles que fazem tudo para ela ir à vida dela e nunca mais fritou batatas que é uma coisa muito perigosa para a educação e apesar disto tudo é um gosto vê-la trabalhar com tanto gosto e só não gosto quando ela bufa que nem um gato assanhado quando tem o MABE à frente dela e quando tem de preencher BD e de fazer PM seja lá o que isso for mas mesmo assim ela já vai nos 60+ e vê a aposentação a chegar e já está a antever um voluntariado numa biblioteca perto de si

PS da PB vítima da má-língua da Guidinha: não assumo qualquer responsabilidade pelas palavras da Guidinha, uma desbocada incontrolável!

Comentários

  1. Guidinha, Guidinha ....vê se te portas bem. 🫶
    Com a tua escrita inventiva, "sai-te tudo da tola a mil à hora". Depois lá se vai a pontuação e o sentido de or(a)(ien)(ta)ção. 😉😂

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  2. Essa Guidinha só veio confirmar aquilo q eu ja sabia q era a vida da AP, prof Bibliotecaria.Tem mesmo olhos de ver e ouvidos de ouvir , essa Guidinha.Mas como está no livro em cima da secretária não fala nos bolos e no tricô q a professora faz nos tempos livres😂

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