Título: Sentença divina
Autores (9.ºA): Francisco Rodrigues, Rita Oliveira, Diogo Paiva, André Paiva, Rodrigo Brandão
Sinopse: Tomando como ponto de partida o "Auto da Barca do Inferno", de Gil Vicente, a BD representa o fim da Humanidade que está a ser julgada por Hades (deus do mundo inferior e dos mortos) e por Afrodite (deusa da beleza, personificação dos poderes generativos da natureza e mãe de todos os seres vivos), sob a observação de Prometeu que se sente vingado pela sentença atribuída.
Guião descritivo
Tira 1 Vinheta 1: A
Humanidade está a ser julgada por todas as atrocidades que cometeu,
desperdiçando o fogo dado por Prometeu. Vinheta 2:
Hades ordena-lhe que entre na sua Barca, rumo ao mundo inferior, acusando-a
de ter desperdiçado a inteligência e a criatividade defendendo Prometeu que atribuiu
o fogo aos humanos dando-lhes o poder e, por isso, se sente traído. Vinheta 3: A
Humanidade defende-se argumentando que só fizera o bem. Não se mostra
arrependida e, com arrogância, insiste que tudo o que fez foi em nome do progresso
e do conforto, dando prioridade à inteligência artificial, mostrando-se muito
orgulhosa pela sua melhor invenção: a arma. Tira 2 Vinheta 4: Hades continua com os argumentos de acusação
provando-lhe que, na Terra, milhares de animais e plantas morrem e extinguem-se,
que as calotas polares se derretem e que se assiste à subida do nível médio
das águas do mar, surgindo doenças e morte. Vinheta 5: A acusação continua e Hades
pede à Humanidade que olhe para o planeta Terra e verifique como o deixou destruído,
quando a sua missão seria protegê-lo e manter a harmonia! Vinheta 6: A Humanidade não aceita as críticas e
dirige-se à Barca de Afrodite, tentando ser aí recebida, e implora-lhe a
salvação. Com hipocrisia, admite ter errado e não ter aproveitado o poder que
lhe fora atribuído. Tira 3 Vinheta 7: Com um gesto de desprezo, Afrodite impede a
Humanidade de entrar na sua barca, pois conhece muito bem as suas atitudes
cheias de maldade e egoísmo. Vinheta 8: Humilhada, a Humanidade admite, mais uma vez,
ter tudo feito em nome do progresso e entra na Barca que a levará ao mundo
inferior. Vinheta 9: Prometeu observa o julgamento do alto do
penhasco onde está preso, por ordem de Júpiter, e sente-se vingado. Afinal, o
poder dos deuses triunfa. |
Contextualização do mito / tema selecionado
Prometeu, o herói da mitologia selecionado para esta narrativa, está na base da criação da Humanidade.
Júpiter criou o mundo e quis povoá-lo com criaturas que o divertissem. Prometeu criou os homens oferecendo-lhes o fogo que roubou aos deuses dando-lhes o poder do conhecimento e transformando-os em génios criadores. Júpiter castigou Prometeu e vingou-se dos humanos que, apesar dos dons concedidos por Prometeu, nunca conseguirão tornar-se deuses nem pôr em risco a ordem cósmica.
Nesta narrativa gráfica, pretende-se chamar a atenção para o facto de a Humanidade não ter aproveitado o fogo divino para manter o equilíbrio do Planeta Terra.
Conduzida pela soberba, pela ganância, pela ânsia de poder, a Humanidade errou e destruiu o Planeta com guerras e constantes ataques ambientais. Assim, chegando ao seu fim, vai ser julgada pelos deuses que a acusam dos erros cometidos. Não havendo argumentos que a salvem, o seu destino é o Inferno o que deixa Prometeu, que assiste ao julgamento, a sentir-se vingado por ter sido castigado em vão.
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