OPINAR - 3.º CICLO

A prova de desempate, na primeira fase do Concurso Interconcelhio de Leitura, consistia na seguinte questão em realáo ao conto "Nyambura": 

E se fosse contigo?

Se, tal como Nyambura, tivesses de fugir para um país desconhecido, como deverias ser tratado(a)? Que direitos e deveres terias?

Eis algumas respostas:

Se eu tivesse de fugir, como Nyambura, gostaria que me tratassem como um cidadão normal, de não receber olhares como se eu fosse de outro mundo, que não me dissessem para eu ir para a minha terra. Eu teria os mesmos direitos que qualquer criança deve ter: direito de ir à escola, ter uma casa, ter uma família e direito à liberdade de expressão. Eu teria, igualmente, os mesmos deveres que as crianças devem ter: dever de ir à escola, dever de aprender, dever de respeitar os professores.

Martina Pinto, 7.º ano´

Se eu tivesse de fugir para um país desconhecido, gostaria de ter os mesmos privilégios que os cidadãos desse país. Ter uma casa para morar, uma escola, amigos e, principalmente, o respeito dos outros para comigo, tudo isto entraria na minha “lista de desejos”.

Não iria gostar nada se me tirassem os meus direitos, pois não estaria a ser tratado como um ser humano, mas como um objeto qualquer, no qual bateríamos e ele não sentiria nada. Não gostaria que me tratassem como se eu não tivesse sentimentos e gostaria que me deixassem cumprir os meus deveres.

Na minha opinião, o que torna esta obra “Nyambura” tão bonita é o facto de N. nunca ter desistido e nunca ter deixado de sonhar. Se fosse comigo, gostaria de replicar este comportamento conquistando todos os direitos perdidos nesse pais desconhecido, mostrando a todos que, independentemente do país natal, sou um ser humano, com os mesmos direitos e deveres.

João Oliveira, 7.º ano

Se eu tivesse de fugir para um país desconhecido, tal como Nyambura, não deveria ser tratado de forma especial, mas deveria ser tratado com respeito, como qualquer homem ou mulher naquele país. Independentemente da minha cor de pele ou sexo, deveria ter os mesmos direitos que toda agente tem: o direito a viver, o direito a comer, o direito a sonhar… Mas também deveria tratar os outros com o respeito que merecem, porque toda a gente deve ser tratada de maneira igual.

Ninguém está acima de ninguém!

Gustavo Santos, 8.º ano

Se eu fosse o Nyambura e tivesse fugido para um país desconhecido, deveria ser tratado de igual forma, pois todos nós somos iguais, independentemente da raça ou tom de pele. Eu teria direito a ser livre e de recusar ser, tal como aconteceu a Nyambura, o que apanha o lixo, o que dá recados, o que apaga o quadro. Teria o direito de ser pessoa. Em contrapartida, teria o dever de ser educado, mas ter voz e não ficar calado, o dever de estudar, tal como fez a personagem para se tornar cirurgião.

Para terminar, tenho apenas de dizer que adorei a história. Mesmo sendo escrita há algum tempo, é tão recente porque o racismo ainda é muito. 

Santiago Leite, 7ºano

Nyambura sofreu o preconceito por ser negro e por  ser um refugiado, mas isto não é certo. Ele já tinha sofrido o suficiente no seu país, pois perdeu tudo e não foi escolha dele ter de fugir.

Eu, ele e qualquer outra pessoa a passar por isto deveríamos ser tratados com bondade. As pessoas deviam acolher-nos no seu país e devíamos poder estudar, ser amados, brincar, conversar e ser livres, tudo o que Nyambura não teve. Todas as pessoas de qualquer sitio do mundo merecem poder dançar, rir, correr, aprender, trabalhar, descansar, socializar. Ninguém deveria ser tratado de forma diferente. Ninguém deveria prender os direitos dos outros em gaiolas. Ninguém deveria ter de sofrer por coisas que outros fizeram. Todos deveriam ser livres e felizes.

Bárbara Aguiar, 7.º ano




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