AS PLANTAS NA OBRA DE CAMÕES

No âmbito do projeto DAC, Domínio de Autonomia Curricular, mais concretamente em articulação curricular das disciplinas Biologia e Geologia e Português, os alunos do 10.º ano realizaram uma investigação sobre algumas das plantas referidas na lírica camoniana e em Os Lusíadas.
Os trabalhos podem ser consultados neste Padlet, mas também visitando a exposição dos posters na Biblioteca da escola secundária.


A extraordinária diversidade de seres vivos na Terra manifesta-se de múltiplas formas, despertando a curiosidade humana tanto em investigações científicas como na inspiração para diversas expressões artísticas.

Luís Vaz de Camões (1524–1580), autor de numerosos sonetos dedicados ao amor e à natureza, é, também, o criador do poema épico Os Lusíadas, onde narra as conquistas marítimas portuguesas durante a época dos Descobrimentos.

Na sua obra, a natureza surge como um cenário simbólico que reflete o estado de espírito do poeta. Por vezes, apresenta-se como um espaço bucólico, marcado pela verdura, pelo arvoredo cerrado, pela policromia da paisagem, pelos sons da água corrente e pelo canto dos pássaros - elementos que espelham a felicidade amorosa e a harmonia interior - o locus amoenus. Noutras ocasiões, porém, a natureza torna-se um espelho do desconcerto do poeta, revelando sofrimento, tristeza e horror.

Camões demonstra nas suas obras um notável conhecimento da diversidade vegetal. É em Os Lusíadas que menciona o maior número de plantas - cerca de cinquenta espécies, na sua maioria asiáticas e aromáticas. Na Lírica, o número é mais reduzido - aproximadamente trinta e cinco espécies - predominantemente europeias, campestres e ornamentais.

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